(Continuação dos capítulos anteriores. Comece lendo o Capítulo 1)
Foi sentindo muita dor no braço que acordei. Estava numa sala pequena, parecia ser uma câmara muito profunda, uma caverna, sei lá... Eu só me lembro de ter caído do cavalo e machucado o meu braço, por isso que ele doía tanto. Junto comigo havia outros três homens desconhecidos, e todos assustados pelo fato de estarmos presos. Sabíamos que estávamos presos porque havia uma grade suja e muito velha. Um olhava para o outro e tentava gesticular, porque não falávamos a mesma língua. Eu tentava me lembrar em qual encrenca havia me metido pra estar ali, preso. Eu bebi muito na festa de aniversário da minha sobrinha, e praticamente todos do reino estavam lá. Comemos e bebemos muito!
Foi sentindo muita dor no braço que acordei. Estava numa sala pequena, parecia ser uma câmara muito profunda, uma caverna, sei lá... Eu só me lembro de ter caído do cavalo e machucado o meu braço, por isso que ele doía tanto. Junto comigo havia outros três homens desconhecidos, e todos assustados pelo fato de estarmos presos. Sabíamos que estávamos presos porque havia uma grade suja e muito velha. Um olhava para o outro e tentava gesticular, porque não falávamos a mesma língua. Eu tentava me lembrar em qual encrenca havia me metido pra estar ali, preso. Eu bebi muito na festa de aniversário da minha sobrinha, e praticamente todos do reino estavam lá. Comemos e bebemos muito!
O
condado de Wilmor era uma vila muito humilde, de cotidiano simples... apenas
próxima demais da caverna de Agnaron. Também, qual lugar é longe para um
monstro de asas tão grandes? Com certeza eu acho que passei da conta e agora
estava preso com outros três desconhecidos. Um deles vasculhou o chão e achou o
que parecia ser um pedaço de faca velha e suja. Eu não sei qual a intenção que
tiveram de nos colocar naquela pequena cela, se era pra nos manter presos, não
funcionou. Antes que eu começasse a me preocupar o rapaz havia arrombado
silenciosamente e acenava para que todos o acompanhassem.
A
pequena câmara dava caminho para um corredor muito escuro e estreito. Tínhamos
que andar agachados e em fila indiana porque não havia espaço. Não enxergávamos
um palmo à nossa frente e nem percebemos as expressões um do outro quando, de
longe, ouvimos um barulho esquisito, que se tornava cada vez mais presente. Eu
desconfiava ser murmurros de um humanóide se aproximando, pelo fedor do lugar e
pelo barulho que fazia ao se deslocar. O pior era constatar que vinha em nossa
direção. De repente, um dos homens que
seguia à frente da fila se assustou e
começou uma luta corpo-a-corpo com um orc... mas para a nossa surpresa eram dois orcs no corredor! Um deles estava com
algum pedaço de madeira mas parecia não saber manuseá-la. Apanhava muito, a
socos e mais socos de um dos nossos. Parecíamos em desvantagem porque éramos
maiores e estávamos agachados, enquanto
que os orcs, um pouco menores, estavam em seu ambiente natural. Logo um deles
desabou, deixando o pedaço de madeira cair. Nosso homem de frente o pegou do
chão, ao mesmo tempo que o outro orc iniciou combate. Fraco demais! Ele deveria
ter fugido quando teve a oportunidade.
Chegamos
ao final do corredor e nos deparamos com uma sala bastante ampla, que também
cheirava mal e estava bastante bagunçada. Em meio a tantos restos de comida,
destacavam-se um armário, uma pequena arca e um grande pedaço de tronco de
árvore. Esse último objeto poderia servir de mesa para os orcs, porém,
revestido com pele de animais... poderia ser uma poltrona... se fosse de alguém
muito grande! Eu me preocupei em procurar alguma porta ou saída, mas não
encontrei. Um dos homens revistou a pequena arca e encontrou um saco de couro
com uma boa quantidade de moedas de prata. Ele não quis contá-las ali, apenas
guardou-as, enquanto o outro homem abria o armário e encontrava uma pequena
machete. Ao apanhá-la, o armário começou a mover-se sozinho, e só depois todos
perceberam que o móvel estava sendo arrastado... por um Troll! Ele arrastava o
armário para adentrar à sala, e então percebemos que a única saída era aquela
por onde o grande monstro adentrava! Nós humanos alcançávamos a cintura do
monstro. Éramos quatro, armados com uma machete e um pedaço de madeira... um
porrete! O Troll era três vezes maior e não tinha nada nas mãos, mas todos
estávamos com medo de ser pego por ele porque, ao que tudo indicava, aquela era
sua casa, os objetos eram dele, a prata era dele... a machete podia até ser de
um dos orcs, mas com certeza todos nós éramos de sua propriedade. Ele nos
queria presos novamente, e nós só tínhamos uma opção: lutar para escapar
daquele covil.
Entendi a pausa, para a entrada de mais alguns personagens na saga de Agnaron. Estamos ansiosos para que continue. Nos surpreenda com o gancho dessa aventura! Huggo e Lara
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