quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Capítulo 10

(Continuação dos capítulos anteriores. Comece lendo o Capítulo 1) 

Os portões da fortaleza de Ainsengard foram abertas para a entrada do heroico nômade. Ele adentra-o, com o rei em seus braços e logo é socorrido pela guarda real. Um dos ”puxa-saco reais”  se aproximou cobrando explicações (“Puxa-saco real” era o nome dado àqueles mordomos, o quase sempre se assemelha a uma pessoa ordeira, fraca e inofensiva mas que  poderia, à qualquer instante, assumir uma postura de manipulador, entre outras palavras, verdadeiros “linguarudos” que mal assustava um mosquito):
- O quê aconteceu com a vossa majestade? – perguntava, extremamente preocupado com o rei Gabriel. No instante que Sir. Dewysom, cansado da caminhada com o rei nas costas, ia explicar o acontecido... foi interrompido no meio da explicação.
- Sir. Dewysom! Esta é uma ordem: o senhor é o rei de Aisengard enquanto Gabriel se recupera!
Como assim? Quem são vocês? – perguntava o nômade, assustado. O puxa-saco real, com vestes reais, bem costuradas (“apropriadas” para um subalterno da realeza). Olhou pra você e sussurrou: - Cale a boca e confirme tudo! 
- O quê... mas... quem... eu? -  e novamente  Sir.Dewysom, é interrompido:
- A pancada na cabeça dele foi muito forte? – pergunta outro puxa-saco real. E logo em seguida outro puxa-saco real comenta:
- Será que ele ficou inconsciente? – e Sir. Dewysom aos poucos começa a perceber as coisas: Os puxa-sacos reais confabulam entre si, num blá-blá-blá que sugere uma suposta “perda de consciência” do garoto Gabriel, e confabulam, confabulam, para que Aisengard naquele momento mudasse de rumo.
-Mas que pena! Tão promissor, tão inteligente... e perder a consciência assim, de repente... muito triste mesmo. – palavras de um dos puxa-sacos reais – Vamos apresentar seus aposentos ao senhor, Sir. Dewysom, digo... vossa majestade!
- Sim! – destaca-se entre os puxa-sacos reais uma criança - Há muito o que ser ensinado ao nosso rei! 
Essa era então a chance que um certo grupo de pessoas estavam esperando! O reino de Aisengard, sendo administrado por uma pessoa que não é da família real, ou de sangue azul, como diriam os camponeses, mercadores... Agora pense na situação em que o Sir. Dewysom encontra-se: da noite pro dia passou de ex-prisioneiro à braço direito do príncipe herdeiro. Agora é nomeado rei e aparentemente só saberá  o “por quê” mais tarde. O nevoeiro castiga mais ainda a região... os mais antigos acreditam que a natureza tem o poder de anunciar um futuro próximo. Eis que alguém confirma em voz baixa:

- Algo tenebroso está pra acontecer! 

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