(Continuação do capítulo anterior. Comece lendo o Capítulo 1)
- Majestade,
o seu pai foi Sir. Gabriel Ainsengard Sexto. A sua família dominou este
continente durante séculos. Sir. Ainsengard Primeiro, aqui, chegou numa
tripulação de vikings e se estabeleceu, casando-se com a filha de um camponês.
Forte e determinado a ser poderoso, ele não se contentava apenas em defender a
sua mulher e filhos, ele se vingava de qualquer roubo de animal ou invasão às
suas terras. Ele se juntava aos bravos amigos que tinha para confrontar com
outros povos. Além de ser grande líder poderoso entre os humanos, Sir.
Aisengard também venceu tropas formadas de orcs e góblins, comandados por
trolls, que um dia ousaram ameaçá-lo. Em cada canto deste mundo havia um nobre
cavaleiro comandando em seu nome. Pelas tavernas de Ainsengard, ainda se ouve
falar de uma dívida que não chegou a ser paga por Sir. Marco Ainsengard Quinto
e que, devido a esse incidente, seu reinado começou a se desfazer... digo, suas
parcerias.
-Uma dívida
do meu avô? – interrompe o jovem. – Parcerias? Me explique.
-Sim, majestade.
O seu avô, Sir. Marco Ainsengard Quinto, precisou reunir um grande exército
para vencer uma longa e sangrenta batalha contra um exercito maligno. Ele
reuniu homens de outros dois reinos para se consagrar vitorioso. Foram muitos
gastos, muitos dias de viagem e dezenas de navios. Porém, ao voltar com os
espólios da vitória para dividir com os dois reinos parceiros, ele afundou
junto com toda a tripulação e todo o ouro conquistado. Esse episódio gerou uma
dívida impagável entre os três reinos e, é claro, uma guerra sem fim. O seu pai
não herdou do seu avô apenas um reino. Herdou uma luta eterna. Há boatos de que ele está lutando até hoje, depois de seu falecimento. Ele hoje teria uns 200 anos. Uma batalha que
nunca se encerrou e o pior de tudo: por ouro e poder! Ninguém sabe se esse ouro existe ou
existiu veridicamente. O poder, sim, está cá entre nós! Essa batalha existe até hoje: entre os poderes do bem e do mal. Uma batalha que a todo o momento é lembrada por uma das
partes e, assim, renascem os conflitos. Vossa Majestade Sir. Peter Gabriel
Sexto guerreou até morrer!
- Nossa!
Então esses eram os assuntos impróprios para as mulheres e crianças!
- Vossa
majestade poderia me acompanhar até o armorial de seu pai. É meu dever
informa-lo de algo que há neste castelo. – sugeriu o servo, com um descontraído
nervosismo, deixando escapar uma certa ansiedade entre os dedos.
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